Dilma Rousseff é confirmada como nova presidente do banco do Brics
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A ex-presidente Dilma Rousseff foi confirmada nesta sexta-feira (dia 24) como titular do banco do Brics — bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Dilma foi a única candidata, com indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mandato está previsto para durar até julho de 2025.
Dilma substitui o então presidente Marcos Troyjo — que atuava desde julho de 2020 e com indicação direta na gestão de Bolsonaro. Em nota, o Conselho do banco ressalta as realizações de Troyjo:
“Durante o mandato do presidente Troyjo, o NDB alcançou realizações importantes. Ele conduziu a expansão inicial de membros do Banco, fortaleceu o Departamento ESG (ambiental, social e de governança) e estabeleceu o Escritório de Avaliação Independente. Ele também liderou a mudança das operações do NDB para sua sede permanente em Xangai”, cita o Conselho da instituição.
O chamado Novo Banco do Desenvolvimento (NDB) tem foco em financiamentos de projetos em duas grandes áreas: infraestrutura e sustentabilidade.
Segundo um alto integrante do banco, ouvido pelo EXTRA, a expectativa é que a instituição continue em trajetória de crescimento e expansão do aporte de investimentos no Brasil.
— Estamos há um ano depois do início da guerra na Ucrânia, depois anos depois da Covid-19 e seus efeitos sobre a econômica global, um ano e meio depois do início dessa dramática expansão da taxas inflacionárias pelo mundo todo. E, como o tem 19% da ações da Rússia, que perdeu sua classificação de risco (com a guerra). O fato de estarmos classificados como AA+ (considerada 'de alta qualidade' pelas agências de risco) é uma vitória extraordinária, dado o contexto — disse.
Segundo um levantamento interno, em 2016, o Brasil teve investimentos aprovados com pico de aproximadamente US$ 3,4 bilhões, no ano de 2020, e acúmulo — até 2022 — de US$ 6,9 bilhões.