Prefeitura de Coari celebra chegada da primeira agroindústria móvel de açaí ao município
A prefeita interina de Coari, Dulce Menezes, o secretário de Governo Keitton Pinheiro, dentre outras autoridades locais, receberam na manhã desta terça-feira (25), a primeira agroindústria móvel processadora de açaí do Brasil. A embarcação pertence à empresa Bertolini da Amazônia Indústria e Comércio Ltda, que irá comprar o açaí diretamente dos extrativistas e agricultores familiares do município, garantindo mais renda para as comunidades.
Durante a cerimônia, foi assinado o termo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura e a Bertolini. A prefeita interina Dulce Menezes destacou a importância da parceria. “Esse projeto irá gerar emprego e renda, desenvolvendo economicamente o nosso município. Estamos muito felizes e gratos porque é a consolidação de um trabalho que teve início em 2017, na gestão de Adail Filho, cujo principal objetivo é fomentar a agricultura de Coari”, afirmou.
Dulce adiantou que, em breve, o governo municipal estará doando em torno de 600 mil mudas de açaí. A iniciativa, assim como a chegada da agroindústria móvel de açaí da Bertolini, é fruto de um planejamento sério que começou com a Semana Agroambiental, em 2019, onde a Prefeitura de Coari lançou o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Setor Primário e distribuiu 400 mil mudas de açaí, pupunha, andiroba, café, dentre outros produtos regionais.
O secretário de Governo Keitton Pinheiro reforçou que os investimentos no setor primário sempre foram um compromisso do grupo político que está à frente do município. “É marca desse governo trabalhar com planejamento. Hoje, a partir do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Setor Primário, estamos colhendo esse fruto e muitos ainda virão. Vocês podem ter certeza que continuaremos trabalhando diuturnamente pelo desenvolvimento de Coari”, garantiu.
O assistente da presidência da Bertolini, Fábio Gobeth, revelou que o projeto da balsa indústria açaí foi idealizado pelo próprio presidente da empresa Irani Bertolini, como forma de retribuir à sociedade amazonense o acolhimento e apoio que recebeu em mais de 40 anos de atuação na região. “O objetivo é beneficiar e ajudar no desenvolvimento regional das comunidades mais distantes, onde existe a dificuldade de aproveitar esse produto”, disse.
O gerente de projetos Airton M. explicou que a agroindústria móvel também visa estimular o desenvolvimento regional aliado à conservação ambiental. De acordo com ele, a balsa é um projeto inovador que usa energia solar para funcionar. Os filtros de água instalados transformam a água captada do rio em água potável para os tripulantes. Além disso, quando esta água é devolvida passa por um sistema de tratamento de efluentes que a deixa limpa e com qualidade superior à de quando foi retirada do rio para utilização na fábrica.
A agroindústria móvel conta ainda com uma linha de produção completamente automatizada, com capacidade de processamento de 20 toneladas de frutos e 12 toneladas de polpa congelada de açaí por dia. Além disso, tem três câmaras frigoríficas com capacidade para 300 toneladas de armazenamento. O foco principal é o açaí, mas outros frutos também podem ser processados no local como cupuaçu, taperebá, acerola, camu-camu, abacaxi, melancia, araçá, graviola, manga, maracujá, babaca, patauá, goiaba e caju.
Segundo o gerente de projetos, o processo industrial será iniciado a partir desta quinta-feira (27). O interessado em vender açaí para a agroindústria deve ir até a balsa para ser cadastrado e ter o produto avaliado. A empresa vai pagar por quilo, conforme a classificação dos frutos. Isto é, quanto melhor for o açaí, mais ele valerá, daí a importância do seu manejo. “Vamos estar junto com a prefeitura promovendo treinamento sobre como fazer o manejo de açaí para que vocês tenham sempre frutos de qualidade”, comentou Airton.